domingo, 23 de novembro de 2008

As Testemunhas de Jeová e Lucas 23.43

Um estudo hermenêutico da narrativa bíblica
Por Robert M. Bowman Jr.
Tradução de Elvis Brassaroto Aleixo.

Nesta matéria, analisaremos o modo como as testemunhas de Jeová interpretam um único versículo da Bíblia, Lucas 23.43, e os argumentos que oferecem em defesa da sua interpretação. Esta análise contemplará dez princípios de interpretação que esse grupo viola constantemente na manipulação que impetram à Bíblia.Começaremos com a exposição do texto bíblico na versão jeovista e na versão convencional, empregada pelos crentes:

Começaremos com a exposição do texto bíblico na versão jeovista e na versão convencional, empregada pelos crentes:

Lucas 23.43
Tradução do Novo Mundo (TNM)
“E ele lhe disse: Deveras, eu te digo hoje: Estarás comigo no paraíso”
Almeida Corrigida Fiel (ACF)
“E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso”
Como se nota prontamente, o único ponto de discordância relevante é se o termo “hoje” pertence à expressão “Deveras, eu te digo” (TNM) ou à expressão “estarás comigo no paraíso” (ACF).


Isso pode parecer sem importância, mas é crucial para as testemunhas de Jeová sustentarem seu posicionamento doutrinário. Como alguns outros grupos religiosos controversos, os jeovistas acreditam que os homens deixam de existir após a morte. Negam que haja uma alma imaterial ou espírito que pode existir como um ser pessoal à parte do corpo. Essa posição é, obviamente, rejeitada por Jesus, que promete ao ladrão arrependido que esse homem estaria com Ele no paraíso “hoje” (no dia da crucificação). Mas, alterando-se a posição da vírgula, essa noção fica totalmente subvertida, fazendo que a idéia de que Jesus e o ladrão foram imediatamente para o paraíso, após suas respectivas mortes, seja eliminada.

A própria posição da vírgula não pode ser determinada por uma simples apreciação do texto grego, porque, no texto grego antigo, não havia nenhuma marca de pontuação: todas as palavras foram justapostas sem nenhum espaço entre elas e todo o texto foi escrito em letras maiúsculas.

A partir disso, poderia parecer, então, que não há nenhum fator probatório que estabeleça qual é, afinal, a tradução correta, portanto, o que se lê na TNM seria uma possibilidade legítima. Contudo, esse não é o caso, como mostraremos nesta matéria. E é justamente isso que nos conduz à nossa primeira observação sobre a interpretação das testemunhas de Jeová:

1 Os jeovistas, freqüentemente, assumem o seguinte: se a tradução deles for gramaticalmente possível, então não pode ser criticada.

Mas, geralmente, buscam justificar a interpretação que se ajusta à doutrina que pregam em vez de procurarem buscar a interpretação que melhor se ajusta ao texto.
O que não consideram é que estão em pauta muitos outros fatores que requerem muito mais do que somente uma “possibilidade gramatical de tradução”.
No caso de Lucas 23.43, há outras considerações que, decisivamente, provam a tradução habitual e correta ignorada pela TNM.
“Em verdade eu te digo”


As palavras “Deveras, eu te digo hoje” são traduzidas mais literalmente como “Em verdade eu te digo”, em grego, amem lego soi. Essa é uma expressão introdutória ou fórmula que Jesus apenas empregava ao introduzir uma verdade que fosse muito importante e/ou, talvez, difícil de ser acreditada (no evangelho de João encontramos o mesmo tipo de ênfase: 5.25; 8.34, 51,58; 10.7). Uma expressão paralela e igualmente enfática que nos ajudaria a entender melhor esse ponto, e que se encontra no Antigo Testamento, seria: “Assim diz o Senhor” (1Sm 2.27; Is 7.7; Jr 2.2,5; Ez 11.5,7,16,17, entre outros).

É sintomático e suspeito o fato de essa expressão (amem lego soi) aparecer 74 vezes na Bíblia e a TNM observá-la 73 vezes, sendo a única exceção em Lucas 23.43 (a maioria das traduções segue o mesmo padrão em todas as 74 ocorrências).

Ora, a menos que haja evidências incisivas de que o contexto registrado em Lucas 23.43 se trata de uma exceção ao padrão das demais referências bíblicas, o texto deveria ser traduzido de acordo com o emprego habitual que Jesus fazia da expressão. Isso nos conduz à nossa segunda observação hermenêutica, que se relaciona com a primeira:

2 Os jeovistas, normalmente, interpretam o texto bíblico dedutivamente em vez de indutivamente.

O que estamos querendo dizer é que eles, normalmente, constroem sua interpretação a partir daquilo que já concluíram ser a “verdade” (raciocínio dedutivo) em vez de examinar todo o material bíblico pertinente antes de assumir uma conclusão (raciocínio indutivo).

A posição da palavra “hoje” no texto

Em defesa da TNM, as testemunhas de Jeová dizem o seguinte: no texto grego, Lucas posiciona o termo “hoje” (semeron) imediatamente após a expressão “Deveras, eu te digo” (Amem lego soi). Mas se Lucas quisesse que a palavra “hoje” fosse entendida como parte da expressão inicial na sentença de Jesus, poderia tê-lo feito simplesmente escrevendo “Em verdade, hoje eu digo a ti”; Ou, ainda: “Em verdade eu digo a ti hoje que” (adicionando a palavra grega hoti, nosso pronome relativo “que”). Essas reformulações se harmonizariam perfeitamente com a interpretação jeovista. Mas o fato é que o evangelista não empregou nenhuma dessas alternativas. Isso nos conduz à terceira observação hermenêutica:

3 Os jeovistas, notadamente, não consideram se a interpretação que escolhem é a que mais se ajusta ao teor preciso do texto bíblico.

Apenas se interessam em selecionar uma interpretação que, se possível, não contradiga o texto em questão de maneira muito explícita e, ao mesmo tempo, esteja de acordo com a posição doutrinária que adotam.

Uma nota de rodapé da edição de 1984 da TNM mostra que a versão siríaca (tradução do Novo Testamento datada do século 5o) traz o seguinte texto: “Em verdade, eu digo a ti hoje que comigo estarás no Jardim do Éden”. Ironicamente, essa não é nenhuma evidência a favor da pontuação adotada pela TNM, mas contra ela. Como Bruce Metzger, renomado especialista em grego da Universidade de Princeton, explica: “É justamente porque a versão siríaca rearranja a ordem das palavras (não a pontuação) do que é achado no manuscrito grego original que se pode colocar ‘hoje’ na primeira parte da oração”. Então, a nossa quarta observação hermenêutica é:

4 Os jeovistas, freqüentemente, consideram as variações textuais mais pobres e as versões antigas mais suspeitas para que possam apoiar seus posicionamentos doutrinários, mas somente quando essas variações e versões antigas não constituem um àquilo que crêem.
O significado do termo “hoje”

A razão de as testemunhas de Jeová insistirem no texto “Deveras, eu te digo hoje” se firma no seguinte fato: defendem que Jesus estava enfatizando que sua promessa ao ladrão foi proferida naquele dia; isto é, no dia da crucificação deles, quando a fé exercida pelo ladrão arrependido maravilhou o Cristo. Embora isso possa parecer plausível, não há nenhuma evidência para tal explicação no contexto bíblico imediato. O texto não faz nenhuma referência à fé do ladrão, nem há no texto bíblico qualquer outro elemento que apóie essa interpretação.

A interpretação ortodoxa entende que o significado do termo “hoje” remete à petição que o ladrão faz por um lugar no reino futuro e material de Jesus (v. 42), ao que Jesus responde lhe oferecendo um lugar com Ele, naquele mesmo dia, em um paraíso espiritual (v. 43). Essa visão se encaixa diretamente no contexto imediato, por isso é adotada, o que nos leva à nossa quinta observação hermenêutica:

5 Os jeovistas, regularmente, abusam do conceito de “contexto” alargando sua circunstância imediata com um único propósito: reconstruir suas hipóteses.

O significado do termo “paraíso”

A palavra “paraíso” possui uma história variada no contexto bíblico. Na Septuaginta, a tradução grega do Antigo Testamento, empregada pelos judeus que falavam essa língua no século 1o, a palavra “paraíso” se refere ao Jardim do Éden (Gn 2.8-10, etc.). E também a uma transformação futura da terra de Israel, que se assemelharia ao Jardim de Éden (Is 51.3; Ez 36.35). Contudo, para o judaísmo do século 1o a noção de “paraíso” remetia, principalmente, a um lugar “escondido”, de bem-aventuranças, destinado aos justos no interlúdio de sua morte e futura ressurreição. Esse é claramente o uso empregado na referência que Jesus faz ao paraíso em Lucas 23.43.

Na tentativa de mostrar que essa não era a compreensão judaica nos dias de Cristo, as testemunhas de Jeová citam o Novo Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, que declara: “Com a influência grega exercida na doutrina da imortalidade da alma, o paraíso se tornou o lugar de habitação do justo durante seu estado intermediário”. Mas no contexto da mesma citação, a obra em análise declara que o conceito de um paraíso intermediário para o morto tinha sido desenvolvido antes da influência grega, pelo judaísmo, depois do período do Antigo Testamento, e que era justamente essa a visão judaica vigente nos dias de Jesus: “Em Lucas 23.43, [a palavra paraíso] está indubitavelmente subordinada às concepções judaicas contemporâneas, e se refere à habitação intermediária do justo”.

Em duas ocasiões diferentes, relacionadas a Lucas 23.43, as testemunhas de Jeová citam o Dicionário da Bíblia, de James Hasting, para provar que há “pouco apoio” para a “teoria” que afirma que o judaísmo do século 1o tenha concebido um paraíso intermediário. Mas,na verdade, o que Hasting diz é propriamente o oposto: “É certo que a crença em um paraíso inferior prevaleceu entre os judeus, assim como também a crença em um paraíso superior ou divino”. O dicionário também declara, concernente a Lucas 23.43, que “Cristo se referiu ao paraíso celestial”.

Esses dois exemplos do abuso das fontes de estudo das testemunhas de Jeová nos levam à sexta observação hermenêutica:

6 Os jeovistas, normalmente, citam, de modo conveniente, as fontes acadêmicas fora de seus respectivos contextos. E, com isso, fundamentam uma conclusão oposta àquilo que a fonte consultada apresenta.

Projetam em suas citações um teor científico de pesquisa para dar a impressão enganosa de que a fonte citada está em harmonia com suas doutrinas.

As únicas outras referências ao termo “paraíso” no Novo Testamento são encontradas em Apocalipse 2.7 e 2Coríntios 12.4, e ambas são instrutivas:

Outras duas menções de “paraíso” no Novo Testamento
2Coríntios 12.4
“Que foi arrebatado para o paraíso e ouviu palavras inefáveis, as quais não lícitas ao homem falar” (TNM)
Apocalipse 2.7
“Àquele que vencer concederei comer da árvore da vida, que está no paraíso de Deus” (TNM)
As próprias testemunhas de Jeová confirmam que o “paraíso de Deus”, em Apocalipse 2.7, é o paraíso divino, entretanto, não o reconhecem como um estado intermediário usufruído por uma pessoa entre sua morte e sua ressurreição.
O texto de 2Coríntios 12.4 é até mais interessante. O paralelo entre o “paraíso” e “o terceiro céu” indica que o paraíso citado se refere a um reino divino, como quase todos os exegetas bíblicos reconhecem. De fato, na literatura judaica que circulava no século 1o era recorrentemente dito que o paraíso se localizava no terceiro céu.


Mas as testemunhas de Jeová ensinam que nesse texto Paulo está se referindo a “um estado espiritual experimentado pelo povo de Deus” durante “o tempo da colheita”, que só viria antes do fim. Em outras palavras, declaram que quando Paulo teve a visão do paraíso, o que ocorreu, na verdade, foi uma visão profética acerca das testemunhas de Jeová hoje! Essa manipulação baseada no texto de 2Coríntios 12.4 nos leva à sétima observação hermenêutica:


7 Os jeovistas, freqüentemente, alegorizam as profecias e as visões da Bíblia para associá-las aos eventos históricos de seu próprio movimento religioso.



O significado do termo “comigo”



Jesus prometeu ao ladrão arrependido: “Estarás comigo no paraíso”. E essa declaração contradiz a doutrina das testemunhas de Jeová de duas maneiras.


Primeira, a expressão “estarás comigo” atesta que todos os crentes em Cristo viverão em sua presença, contrariando a crença jeovista, de que a maioria dos crentes, inclusive o ladrão em questão, viverá na terra, enquanto uns poucos selecionados viverão no céu com Cristo.

Segunda, a expressão “comigo no paraíso” também atesta que Cristo foi para o paraíso, contrariando o que as testemunhas de Jeová ensinam sobre o paraíso que, para elas, será terrestre, permanecendo Cristo no céu.


Os jeovistas explicam: “Ele [Jesus] estará com aquele homem no sentido de que Ele o ressuscitará dentre os mortos e cuidará de suas necessidades físicas e espirituais”. Mas em outros textos bíblicos, nos quais Jesus igualmente fala que os crentes estarão com Ele, os jeovistas interpretam literalmente (Lc 22.28; Ap 3.21; 14.1; 20.4,6). Não existe nenhuma boa razão para o mesmo não ser observado também em Lucas 23.43. Estamos diante de uma deixa que nos leva à nossa oitava observação hermenêutica:


8 Os jeovistas são, freqüentemente, forçados a interpretar expressões simples de maneira altamente figurativa, sem autorização do contexto, para que possam manter seu posicionamento doutrinário.


Para onde Jesus foi?



Quando Jesus morreu, a Bíblia indica que Ele desceu ao inferno, no “abismo” (Mt 12.40; At 2.27,31; Rm 10.7; Ef 4.9; Ap 1.18). Como, então, Jesus poderia prometer ao ladrão que os dois estariam juntos em um paraíso divino? Além disso, Jesus não disse a Maria, mesmo depois de sua ressurreição, que ainda não tinha ascendido aos céus? “Disse-lhe Jesus: Não me detenhas, porque ainda não subi para meu Pai, mas vai para meus irmãos, e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus” (Jo 20.17). As testemunhas de Jeová dizem que esses versículos são incompatíveis com a interpretação ortodoxa de Lucas 23.43.


Antes de responder a esse argumento, chamamos a atenção do leitor para algo importante. Em vez de lidarem com Lucas 23.43 em suas próprias condições e em seu próprio contexto, os jeovistas afirmam que Lucas 23.43 não pode querer dizer o que parece significar, porque isso contradiria a compreensão de outras passagens bíblicas.



Isso poderia ser entendido positivamente como uma indicação do compromisso que as testemunhas de Jeová têm com a veracidade absoluta de toda a Bíblia. Mas não há dúvidas de que esse argumento revela, na verdade, um movimento sutil e estratégico, que faz os mais indoutos se perderem na argumentação. Aqui, deparamo-nos com a nossa nona conclusão hermenêutica:


9 Os jeovistas recortam partes da Bíblia e as confrontam entre si, a fim de que possam concordar com seu posicionamento doutrinário.


Uma pequena pesquisa sobre o uso histórico do termo “paraíso” elucida essa discrepância aparentemente difícil. No século 1o, o paraíso intermediário judaico era pensado como se fosse o céu propriamente dito, um lugar de venturas, mas, às vezes, também era pensado como um compartimento “feliz”, “bom”, do inferno. As palavras de Jesus em Lucas 23.43, provavelmente, recorrem ao paraíso como uma parte do inferno destinada ao justo, conforme ocorre em Lucas 16.22-26: “E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado. E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio. E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado. E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá”.


Quer dizer, Jesus não estava prometendo que o ex-ladrão e Ele estariam juntos no céu naquele dia, mas num lugar separado, descansando. Quanto a 2Coríntios 12.4, pode ser adicionado aqui que Cristo, realmente, levou consigo o paraíso ao céu, por ocasião de sua ascensão.


Apresentando as coisas dessa maneira, devemos nos lembrar de que o céu habitado por Deus não é um local físico, fixado no nosso universo espacial-temporal. Os “céus” físicos não podem conter Deus (1Rs 8.27; Is 66.1; At 7.48-49). Nem mesmo se pudéssemos viajar na velocidade da luz poderíamos achar Deus ou sua habitação, procurando-a entre as estrelas. Assim, falar sobre “para onde” Jesus e o ladrão “foram” não deveria ser considerado literalmente.


Isso sugere a nossa décima e última observação:


10 Os jeovistas interpretam as realidades espirituais bíblicas de maneira racionalista.



Por “racionalista”, não queremos nos referir simplesmente ao emprego da razão para compreensão, pois também fazemos isso. Aliás, seria impossível não fazê-lo. Mas as testemunhas de Jeová vão além e exigem que os ensinos da Bíblia se reduzam à compreensão limitada humana.
A compreensão humana é finita, mas Deus, em sua essência e entendimento, é infinito. Em qualquer assunto relativo à essência de Deus ou que relacione Deus e sua criação é natural que esperemos paradoxos. O sistema interpretativo das testemunhas de Jeová busca eliminar todo o paradoxo. Os jeovistas exigem um Deus que possam entender em sua completude, em suma: um deus pequeno, diametralmente diferente daquele que cultuamos.

Notas:
1 Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas: com referências. Brooklyn: Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, 1984.
2 METZGER, Bruce M. Comentário textual do Novo Testamento grego. Nova York: United Bible Societies, 1971, p.181-2.
3 Ajuda ao entendimento da Bíblia. Brooklyn: Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, 1971, p.1269.
4 JEREMIAS, Joachim. Verbete paradeisos, em Dicionário Teológico Novo Testamento, Vol. V. Ed. Gerhard Friedrich. Tradução: Geoffrey W. Bromiley. Grand Rapids: William B. Eerdmans Publishing Cia., 1967, p.766-9.
5 BIETENHARD, Hans; BROWN, Colin. Verbete “paraíso”, em Novo dicionário internacional de teologia do Novo Testamento, Vol. II. Ed. Colin Brown. Grand Rapids: William B. Eerdmans Publishing Cia., 1976, p. 761, citado na obra jeovista Raciocínios à base das Escrituras. Brooklyn: Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, 1985, p. 286.
6 Ibid., p. 761.
7 HASTING, James. Dicionário da Bíblia, Vol. III. Edimburgo: T&T Clarke, 1900), III: 669-70, citado em Ajuda ao entendimento da Bíblia, p. 1269, e Raciocínios à base das Escrituras, p. 286.
8 Ibid., p. 671.
9 Ibid.10 Ajuda ao entendimento da Bíblia. Brooklyn: Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, 1971, p.1270.
11 JEREMIAS, Joachim. Verbete paradeisos, em Dicionário Teológico Novo Testamento, Vol. V. Ed. Gerhard Friedrich. Tradução: Geoffrey W. Bromiley. Grand Rapids: William B. Eerdmans Publishing Cia., 1967, p. 768.
12 Ajuda ao entendimento da Bíblia. Brooklyn: Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, 1971, p. 1270.
13 Poderá viver para sempre no paraíso na Terra. Brooklyn: Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, 1982, p.171. Veja também Raciocínios à base das Escrituras. Brooklyn: Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, 1985, p. 287.
14 JEREMIAS, Joachim. Verbete paradeisos, em Dicionário Teológico Novo Testamento, Vol. V, ed. Gerhard Friedrich. Tradução: Geoffrey W. Bromiley. Grand Rapids: William B. Eerdmans Publishing Cia., 1967, p. 768.
15 LOCKYER, Herbert. Inferno e paraíso antes de e depois da ascensão de Cristo. Grand Rapids: Baker Book House, 1975, p. 94-9.

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terça-feira, 4 de novembro de 2008

INRI CRISTO - O JESUS PIRATA




Ao ser indagado de como veio a terra, Iuri Thais, mais conhecido como Inri Cristo, relata que reencarnou em uma pequenina aldeia do interior do Estado de Santa Catarina chamada Indaial em 22 DE MARÇO DE 1948 e que uma parteira chamada Bema o entregou a um casal de alemães, Magdalena e Wilhen Thais, ambos ignorando a sua origem, criaram o pequeno como se fosse filho.

Para afirmar sua santidade, ele diz que a terra em que ele nasceu era chamada de Catarina, mas a palavra Santa veio à frente porque era a terra em que ele nasceria – “Santa Criatividade!”. Inri não entra nos detalhes do seu nascimento, não diz quem são os seus pais biológicos e quando indagado, prefere não levar o assunto adiante.

Quando fala de sua infância, afirma que desde menino a sua vida foi diferente das demais crianças, tinha visões terríveis e não tinha discernimento o porquê aquilo acontecia, diz que o seu "Pai” (Deus – ele diz que é Jesus encarnado) não autorizava que as premonições fossem contadas para ninguém, nem mesmo aos seus pais terrenos que o adotou.
As visões vinham acompanhadas com febres, por várias vezes eram de pessoas sofrendo, gemendo e arrastando as suas pernas. Um Jesus perturbado com sua própria imaginação.

Aos treze anos, ele diz ter escutado uma voz que pediu a ele que saísse de casa, uma voz imperativa forte e que ele mesmo diz que é a voz que sempre obedeceu desde criança e não foi diferente, fugiu de casa.

Será que Deus esqueceu o mandamento – Honra teu pai e tua mãe para que prolongue seus dias na Terra?

Entendo que a loucura deste homem o leva a dizer absurdos teológicos que não são compatíveis com a verdadeira historia e modo de viver do verdadeiro Jesus.

Para que o verdadeiro Jesus omitiria as informações de seu nascimento?

Jesus nunca omitiria o seu nascimento, as Escrituras Sagradas nos dá detalhes importantes de como Jesus viria a Terra. Então, porque esconder o que deveria ser dito para que a sua identidade messiânica fosse comprovada pelas profecias?

Deus, conhecedor de que um nascimento duvidoso de seu Filho poderia trazer o ceticismo, tomou as devidas precauções. Após prometer o resgate para a humanidade, declara como Jesus nasceria de uma mulher (Gen.3v. 15).

Jesus nasceu como qualquer criança, de uma mulher, o que de fato realça a o seu nascimento é que não houve a relação sexual de um homem com uma mulher, mas o Espírito Santo a envolveu gerando Jesus em seu ventre.

Inri nega esta que Jesus foi gerado pelo Espírito Santo, ele nega a fecundação divina dizendo que José manteve relação sexual com Maria em estado de sonolência.
Mas o que a Bíblia diz?

A bíblia diz que Jesus foi gerado pelo Espírito Santo, o escritor do Evangelho de Lucas deixa claro que Maria também ficou assustada em saber que geraria um menino se não conhecia homem algum, ou seja, não teve nenhum relacionamento sexual com nenhum homem.

Lucas 1 v. 34-35
34 - Então Maria perguntou ao anjo: Como se fará isso, uma vez que não conheço varão?
35
- Respondeu-lhe o anjo: Virá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso o que há de nascer será chamado santo, Filho de Deus.
Não existe nenhuma duvida que Inri tenta comparar o seu nascimento com o de Jesus, mas ele falha.

A Bíblia também diz que José não conheceu (não teve relação sexual) com Maria até que Jesus nascesse.
Mateus escreveu da seguinte forma em seu evangelho no Capitulo 1v. 25 "Mas não a conheceu até que ela deu a luz um Filho. E ele lhes pôs o nome de Jesus.” Jesus dependia do Espírito Santo."

Lc 2v. 40 “Crescia o menino e se fortalecia enchendo-se de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele.”
Luvas 2v. 52 "E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens".
UM CRISTO REENCARNADO E QUE APOIA A DOUTRINA ESPIRITA
INRI diz: "Reencarnação é o renascimento físico, retornar à carne; faz parte da lei perfeita e eterna de DEUS".
Um Cristo que diz ter reencarnado já merece a duvida de qualquer pessoa e pode ser considerado um Jesus PIRATA!

A doutrina da Reencarnação nunca foi ensinada por Jesus, mas o verdadeiro mestre ensinou sobre a ressurreição.

IDÉIAS SOBRE A REENCARNAÇÃO

Muitos acreditam que ela veio com os Vedas, Hindus, ela está contida na filosofia budista, jainistas e sique, outros já dizem que algumas formas ocidentais podem ter surgido da filosofia grega sem influência diretamente do hindu, iniciando com pitagoristas.

Alguns Filósofos antigos acreditavam que a alma vive de formas diferentes e que ela é eterna e não pode ser destruída.

O espiritismo também acredita na reencarnação, o próprio Kardec admite ser um dogma do Espiritismo. O sentido etimológico da palavra é tornar a tomar corpo.A Bíblia nos garante que depois da morte segue-se o juízo.
Hebreus 9 v.27 "E, como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois o juízo".
Umas das situações que é impossível para Jesus é voltar atrás ou contrariar a palavra do próprio Pai, sendo ela, divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, redargüir, corrigir e para instruir em justiça para que o homem seja perfeito e perfeitamente instruído para toda a boa obra. (II Tm 3 v. 14-17).

Porque Cristo haveria de reencarnar?
No Livro dos Espíritos Allan Kardec faz uma pergunta sobre a reencarnação para os espíritos, capitulo IV, PLURALIDADE DAS EXISTÊCIAS, Pág. 114: 167- Qual é a finalidade da reencarnação?".Resposta do Espírito: Expiação, melhoramento progressivo da humanidade. Sem isto, onde estaria a justiça?168-O numero das existências corpóreas é limitado, ou o Espírito se reencarna perpetuamente?Resposta dos espíritos: A cada nova existência, o Espírito dá um passo na senda do progresso; quando se despoja de todas as suas impurezas, não precisa mais das provas vidas corpórea."

Evidente que Inri Cristo não conhece nem o que acredita, dentro da concepção espírita, o espírito que já progrediu deixando suas impurezas não precisa mais de provas corpóreas!
Os espíritos consultados por Kardec, ainda dizem:

"Todos os Espíritos tendem á perfeição, e Deus proporciona os meios de consegui-las com as provas de vida corpórea. Mas, na sua justiça, permite-lhes realizar, em novas existências, aquilo que não puderam fazer ou acabar numa primeira prova." (Livro dos Médiuns, Allan Kardec, Cap. Pluralidade das existências, Tópico II - Justiça da reencarnação, pág. 115, Perg. 171).
Inri declara que ele é a maior prova da reencarnação: "Minha presença é a mais veemente e incontestável prova da existência de DEUS e da reencarnação. Se a reencarnação não existisse seria muito difícil crer na existência de DEUS, porque só ela põe lógica e justiça nas disparidades do mundo. Se a reencarnação não existisse, DEUS seria um tirano cruel que criaria seres imperfeitos e maus para depois condená-los eternamente, sem qualquer chance de regeneração. Mas como DEUS é perfeito, a reencarnação existe em demonstração da bondade e perfeição divinas Jesus antes de encarnar estava com Deus e era Deus. (João1v.1). Como a Bíblia nos demonstra várias passagens que prove que Jesus era Deus, quero citar uma do Apostolo João no cap. 17 Vers.5: "E agora glorifica-me tu ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse.”

Jesus nunca reencarnou e porque não ensinou ou nunca disse que reencarnaria, isto já é importante para desmistificar o personagem Inri Cristo.
O conceito da reencarnação é a volta da alma à vida corpórea, mas em outro corpo.
A reencarnação está diretamente ligada à purificação do espírito, sendo assim, como Jesus reencarnaria sendo uma pessoa sem pecado algum?
Será que Jesus precisaria reencarnar para purificar-se?

Qual seria a evolução de Deus?
Jesus nunca cometeu pecados e erros, pois Ele é a luz do mundo.

Jo8v. 12: "Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida - ",
Durante a sua vida fez tudo o que o Pai pediu que fosse feito Jô 8v.29 :"E aquele que me enviou está comigo. O Pai não me tem deixado só, porque eu faço sempre o que lhe agrada” Ainda respondendo as indagações dos Judeus disse "Quem dentre vós convence do pecado?”
João 8v.46-47: "Quem dentre vós me convence de pecado? E se vos digo a verdade, por que não credes? Quem é de Deus escuta as palavras de Deus; por isso vós não as escutais, porque não sois de Deus.”
Foi tentado e não se achou um único erro, no final de sua vida encontramos uma frase de Cristo "eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e no seu amor permaneço. (Jô 15v.10)".
Não existe erros na pessoa de Jesus, já em Inri muitos erros e contradições.
Deus nos levaria a pecar?
Jesus orou pedindo ao Pai para que nos livre das tentações (Mat 6v.13),outro pedido é para que possamos vigiar e orar para não entrarmos em tentação (Mat 26v.41), em sua jornada de jejum e oração no deserto venceu toda sorte de tentações levadas pelo diabo (Mat.4v.13).
Deus não permite que ninguém seja tentado a ponto que não possamos suportar, pois juntamente com a tentação, o Pai nos dá o livramento:
I Co 10v.13: "Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar."
Tiago nos traz em sua epistola uma afirmação que desbanca a todo o ensino INRIANO: "Ninguém, ao ser tentado diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e Ele mesmo a ninguém tenta.”


Pilatos, mesmo disse : 'Eu não acho nele crime algum.".(Jô 18v.38).
Nos livros posteriores a sua vida terrena, encontramos os adjetivos "Santo", "Justo", o Apóstolo Paulo escreve a II carta aos Coríntios dizendo "Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecador por nós, para que nele, fossemos feito justiça de Deus.”
O autor aos Hebreus escreve no cap. 4v. 15 que Jesus foi tentado em todas as coisas, mas não houve o pecado. Pedro quando se refere a Jesus diz que Ele era o cordeiro sem macula.
I Pe 1v.19-20: Mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado, O qual, na verdade, em outro tempo foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado nestes últimos tempos por amor de vós;
I Pedro 2v.21- Porque para isto sois chamados; pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas. O qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano.
Jesus foi o justo pelos injustos para nos levar a Deus I Pe 3v.18.: Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito;
Já o suposto salvador, Inri – o Jesus Pirata - assume a sua vida pecaminosa e ainda da um depoimento impossível até para o próprio Deus realizar.

Ele diz que foi levado pelo próprio Deus para experimentar o pecado.

Palavras de INRI : "Dos treze aos trinta anos, sem livre-arbítrio, fui levado por meu PAI, SENHOR e DEUS a experimentar os pecados do mundo a fim de vencer o mundo (“ Haveis de ter aflições no mundo, mas tende confiança: eu venci o mundo" - João c.16 v.33)".

É impressionante as respostas do "suposto Filho de Deus dos tempos modernos", para justificar seus pecados, a criatura diz que foi Deus o culpado.

A própria Bíblia nos diz que todos se extraviaram e juntamente se fizeram inúteis (Rom 3v.12), até Inri se não aceitar o verdadeiro Jesus Cristo como o seu único e suficiente salvador de sua vida irá perecer no inferno.

Deus nunca levou ninguém a pecar e também nunca retirou o livre arbítrio do homem, mas levar a culpa do pecado já é hilário.
UM CRISTO QUE NÃO ACREDITA NA RESSURREIÇÃO
INRI CRISTO: "O mito da minha ressurreição física ao céu é um engodo dogmático, a pedra de tropeço da humanidade.”
Inri declara que ele nunca ressuscitou (se dizendo Jesus) e que a ressurreição é um equivoco teológico e cientifico, a explicação para este fato vem da seguinte forma por Inri:

"Meu corpo estaria fadado ao congelamento, pois no espaço sideral não existe ar para respirar e a temperatura confina zero absoluto, ou seja, 273ºC negativos. Além disso, estaria nu, posto que os soldados romanos sortearam minhas vestes entre si (João c.19 v.23 e 24). Na verdade, meu corpo físico foi devolvido à mãe terra, conforme determinou o SENHOR:” Tu és pó, do pó tu foste tomado e ao pó retornarás" (Gênesis c.3 v.19). Durante a tempestade propiciada pelo SENHOR, ocasião em que os soldados romanos foram procurar abrigo, Ele mandou servos fiéis a recolher meu corpo, cobri-lo com novos lençóis e enterrá-lo numa sepultura anônima, dando fim aos escárnios e deboches que perduravam mesmo após a crucificação e conseqüente desencarnação ("...Salva-te a ti mesmo; se és o Filho de DEUS, desce da cruz... Ele salvou os outros, a si mesmo não se pode salvar; se é Rei de Israel, desce agora da cruz e creremos nele... Confiou em DEUS; se DEUS o ama, que o livre agora" - Mateus c.27 v.39 a 44)".
Estas declarações é mais forte que a polêmica causada pelo filme "Paixão de Cristo", de Mel Gibson, pois nem com toda a criatividade do diretor ele chegou a tal ponto de imaginação.

Existem outras declarações de Inri:
“A ressurreição é o reaparecimento espiritual de alguém que desencarnou, provando a imortalidade da alma. Eu ressurgi espiritualmente e assim apareci aos discípulos, por isso entrava nas casas estando as portas fechadas (João c.20 v.19 e 26).Quando a Bíblia relata que ceei com os discípulos, na verdade meu espírito estava usando um corpo alheio.” - (SITE Inri Cristo).
PROVAS SOBRE A RESSURREIÇÃO
A morte de Cristo tem uma grande importância para os cristãos porque para ressuscitar é necessário morrer.

Se Cristo não ressuscitasse o Evangelho seria um engodo e a nossa salvação uma grande farsa. O Apóstolo Paulo escrevendo aos Romanos declara "Se com tua boca confessares a Jesus Cristo como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo".
A posição de Inri que o corpo que usou é um corpo alheio não sobrevive pelas provas e testemunhos neo testamentário.

Jesus, após a ressurreição, passou quarenta dias no mesmo corpo físico e com as marcas dos pregos e da lança que o transpassou o lado, a diferença é que este corpo agora se tornou imortal.

Quem nos dá este testemunho detalhado é o próprio Jesus quando visita os discípulos.
Lucas 24v. 39Vedes as minhas mãos e os meus pés. Sou eu mesmo! Apalpai-me e vede; um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho.”
Tomé também duvidou e Jesus apareceu a ele e disse: "Põe aqui o teu dedo; vê as minhas mãos. Chega a tua mão e põe-na no meu lado. Não sejas incrédulo, mas crente". (Jo20v. 28).
A prova de que Jesus estava com o seu próprio corpo é inegável, pois apresentou as marcas que recebeu antes de morrer, colocou-se a prova de qualquer toque humano em suas feridas, o seu corpo era de carne e osso, se alimentou, foi reconhecido pelos seus discípulos quando apareceu.
A ressurreição é a prova da divindade de Cristo, do triunfo sobre o pecado, a morte e Satanás.Jesus também nos prometeu um corpo glorificado e ressurreto, uma das mais convictas provas disto foi o relato de Mateus após a ressurreição de Cristo: "Abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos, que dormiam, ressurgiram. E, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos. (Mt 27v. 52-53)".
Inri declara que seus discípulos roubaram o seu corpo: “Durante a tempestade propiciada pelo SENHOR, ocasião em que os soldados romanos foram procurar abrigo, Ele mandou servos fiéis a recolher meu corpo, cobri-lo com novos lençóis e enterrá-lo numa sepultura anônima, dando fim aos escárnios e deboches que perduravam mesmo após a crucificação e conseqüente desencarnação ("... Salva-te a ti mesmo; se és o Filho de DEUS, desce da cruz... Ele salvou os outros, a si mesmo não se pode salvar; se é Rei de Israel, desce agora da cruz e creremos nele... Confiou em DEUS; se DEUS o ama, que o livre agora" - Mateus c.27 v.39 a 44)".
Fato que não passa pela prova bíblica. Mateus escreveu que os soldados Romanos chegando a cidade anunciaram aos principais sacerdotes o que tinha acontecido, os mesmos que fizeram de tudo para crucificar Jesus.

Mais uma vez os sacerdotes compraram as suas testemunhas com uma boa quantidade de dinheiro para declarar o que o corpo foi roubado: "Dizei que vieram de noite os seus discípulos e, enquanto domeis, o furtaram. Caso chegue aos ouvidos do governador, nós o persuadiremos, e vos poremos em segurança. Eles receberam o dinheiro, fizeram como estavam instruídos. E espalhou-se esta história entre os judeus, até os dias de hoje".(Mt28v. 11-15).Se Jesus vivo já era um problema para os religiosos da época, imagine um Jesus ressurreto?

Agora, ele não poderia ser morto, o véu do templo já tinha sido rasgado de alto a abaixo, a comunhão entre o homem e Deus não precisava mais dos holocaustos feitos pelos próprios sacerdotes, os judeus precisavam inventar alguma história convincente para que o povo acreditasse, pois estavam prestes a perder as suas posições eclesiásticas.

Além disso, os guardas teriam que pagar com as suas próprias vidas se acontecesse alguma coisa, aceitar a segurança dos sacerdotes era viável, além de terem recebido propina para acobertar o caso, Pilatos já tinha demonstrado no julgamento de Jesus que ele estava nas mãos dos religiosos.
Pilatos era o governante das Regiões de Samaria e Judéia, ele não era popular entre os judeus, se a história chegasse a César poderia trazer problemas.
No julgamento os judeus ameaçaram queixar-se a César a respeito de Pilatos (Jô 19v.12-13).
O governo Romano não poderia estar enviando tropas as regiões para controlar qualquer tipo de rebelião ou movimento contrario que ameaçava a paz.

Se César tivesse que mobilizar destacamentos para este fim,Pilatos teria grandes problemas, ainda mais se o ápice deste problema ainda estava na pessoa de Jesus, acusado pelos próprios judeus de rebelde e uma ameaça a Roma.Pilatos preferiu mais uma vez estar debaixo de uma história mentirosa do que confirmar a verdade em "favor da paz".
Algo que deve ser levado em conta é o que Jesus disse sobre a sua ressurreição. Ela aconteceria em 3 dias e como existia esta preocupação dos sacerdotes e de Pilatos, a guarda Romana foi colocada no túmulo para comprovar que nada aconteceria.

Se os guardas ficassem ali por alguns dias e nada tivesse acontecido, tudo estava na devida ordem que os religiosos e o governo romano queria. Esta seria a maior prova de que a ressurreição de Cristo não passava de uma fraude, o testemunho dos guardas seriam valiosos para desmistificar este fato.

Imagina se Cristo continuasse da mesma forma que foi colocado dentro da sepultura? Os soldados seriam a maior testemunha que o corpo de Cristo estava inerte.
Por muitas vezes, corpos foram roubados de seus túmulos, mas a guarda romana não estava de prontidão.

Outro detalhe é que corpos roubados não voltam para visitar os amigos, seria provável se ninguém nunca mais visse o corpo de Cristo.
O caso de Jesus é diferente, esta teoria é totalmente improvável. Jesus foi visto morto e depois visto vivo mais de uma vez!A teoria de Inri de que o corpo foi roubado pelos discípulos já foi questionada no século XVIII pelos críticos do cristianismo e foi rechaçada. Ninguém daria a sua própria vida por um conto da carochinha!Se os cristãos não tivessem a certeza da ressurreição de Jesus, ninguém arriscaria a sua vida.


Os discípulos tiveram atitudes bem diferentes antes e depois da ressurreição.
O medo de serem mortos antes da ressurreição de Cristo era enorme, eles não apareceram na crucificação de Cristo, Pedro negou Jesus quando perguntaram a ele se era um dos que andavam com Cristo.
O próprio Tomé reconheceu a divindade de Jesus após a sua aparição, quando teve a possibilidade te poder ver e tocar as feridas de Cristo, mas não o fez. Só uma prova real de que Jesus teria ressurgido dentre os mortos poderia dar a certeza da vitória após a morte aos que antes foram omissos. A veracidade do fato ficou impregnada na alma dos seguidores de Cristo a ponto de dar as suas vidas após a certeza da ressurreição.
Estevão foi apedrejado, Tiago irmão de João, o primeiro mártir apostólico morreu a fio da espada, Filipe foi crucificado, Mateus foi assassinado com uma alabarda, Tiago o menor foi espancado pelos judeus aos 99 anos, André foi crucificado, Pedro também foi crucificado de cabeça par baixo e até o incrédulo Tomé também morreu pelo nome do Senhor, foi atravessado com uma lança.Seria um conto de fadas a ressurreição de Jesus?
Agora, dentro destas questões, pergunto: INRI é CRISTO?

Não existe possibilidade de que ele seja Cristo.

Este é mais um Jesus pirata que quer ganhar apenas aparecer.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFIA :
Site Oficial Inri Cristo - http://www.inricristo.org.br/index25.html-
Bíblia Apologética- ICP
- Enciclopédia de Apologética- Norman Gleisler, Editora Vida
- Teologia Sistemática - Wayne Gruden. Editora Vida Nova
- Em defesa de Cristo- Lee Strobel-Editora, Editora Vida.
- O livro dos Mártires - Junho Fox - CPAD
- O novo Testamento interpretado versículo por versículo, R.N.Chaplin, Ph.D , Editora Hagnos.
- Bíblia de estudos Aplicação Pessoal, Cpad.

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